será válida se for resultado de reuniões de
representantes de todas as aldeias, e se
essas reuniões forem convocadas de forma
específica para decidir sobre o assunto da
consulta.
Nas nossas reuniões internas sempre
tentamos chegar a um consenso, por isso
às vezes fazemos várias reuniões antes
de tomar uma decisão. Só quando não
conseguimos chegar ao consenso, fazemos
votações. Decidimos que uma decisão por
votação só vale quando é aprovada por
uma maioria de ¾ (três quartas partes) dos
20
participantes. A decisão dessa maioria
será respeitada por todos, mas nós
não gostamos de decidir por votação,
preferimos chegar ao consenso. Só nós
mesmos podemos decidir se vamos fazer
votação ou se vamos continuar discutindo o
assunto da consulta.
As diretorias das nossas organizações
(Apina, Apiwata e Awatac) não podem
decidir sozinhas nenhuma consulta. O
papel delas é organizar as reuniões e buscar
informações, para ter conhecimento sobre o
assunto para explicar melhor para os outros
Wajãpi.
O Ministério Público Federal (MPF)
deve acompanhar todas as reuniões com o
governo para garantir que nossos direitos
serão respeitados em todo o processo. Se
o governo não fizer acordo com os Wajãpi,
nós poderemos acionar o MPF para fazer
o governo continuar dialogando com a
gente. O MPF também deve nos ajudar
a monitorar o cumprimento dos acordos,
depois do final da consulta.
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